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| © Tinta da China |
Foi sob este sugestivo sub-título que a Comunidade de Leitores de S. Domingos de Rana realizou mais uma sessão, desta vez com a presença do escritor Mário de Carvalho para falar do livro "quando o Diabo reza".
O autor brinda-nos com uma história de uns moinantes - nas suas próprias palavras - que ao vislumbrarem uma oportunidade de "lucro fácil" engendram um "esquema infalível".
E tudo acontece com um processo eleitoral como pano de fundo.
O ritmo da escrita leva a que a leitura seja rápida e seguida. O desenho das personagens é perfeito, com especial destaque para o facto de a principal não ter qualquer diálogo.
As acções são absolutamente reprováveis, mas, por habilidade do autor, fica no leitor uma certa sensação de piedade pelos personagens quase como que uma espécie de síndroma de Estocolmo.
Este é um romance sobre a cobiça e aquilo que alguns homens são capazes para obter bens que ambicionam sendo o primeiro o dinheiro.
Como sempre, a vasta cultura clássica de Mário de Carvalho não deixa de temperar os seus romances e neste as referências são várias, entre elas a referência ao auto de Mofina Mendes de Gil Vicente nas personagens das irmãs e à Odisseia de Homero.
No entanto toda a erudição do autor consegue um belo texto integrando uma linguagem mais cuidada com o calão próprio do meio em que vivem os actores destes acontecimentos.
E tudo acontece com um processo eleitoral como pano de fundo.
O ritmo da escrita leva a que a leitura seja rápida e seguida. O desenho das personagens é perfeito, com especial destaque para o facto de a principal não ter qualquer diálogo.
As acções são absolutamente reprováveis, mas, por habilidade do autor, fica no leitor uma certa sensação de piedade pelos personagens quase como que uma espécie de síndroma de Estocolmo.
Este é um romance sobre a cobiça e aquilo que alguns homens são capazes para obter bens que ambicionam sendo o primeiro o dinheiro.
Como sempre, a vasta cultura clássica de Mário de Carvalho não deixa de temperar os seus romances e neste as referências são várias, entre elas a referência ao auto de Mofina Mendes de Gil Vicente nas personagens das irmãs e à Odisseia de Homero.
No entanto toda a erudição do autor consegue um belo texto integrando uma linguagem mais cuidada com o calão próprio do meio em que vivem os actores destes acontecimentos.
Uma boa leitura do romance pode ser vista no registo da apresentação do livro, que ocorreu em 28 de Outubro de 2011 na FNAC do Chiado:
Em resumo: Importante ler
1 comentário:
Gostámos de o ter por lá!
Volte, porque será sempre bem vindo :)
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